Este texto tem como objetivo fazer uma breve relação entre o filme Colcha de retalhos e o texto de Elizeu Clementino “O eu, o outro e as diferenças individuais e culturais”.
O filme nos leva a refletir
sobre a nossa vida, sobre as várias peças que acabam formando a nossa
existência aqui na terra, como um jogo onde precisamos pensar sobre a próxima
carta a jogar na mesa. No filme quem confecciona a colcha de retalhos são as
mulheres, colcha esta que representa as vivências de casa uma daquelas
mulheres. Elas confeccionam a colcha através de bordados representando ali os
seus momentos felizes e os não felizes também, retratando dessa forma um pouco
da sua vida nos vários pedaços que formam a colcha.
O filme aborda a história de
uma garota que se chama Finn, uma jovem que está escrevendo a sua tese de
mestrado na casa de sua avó. Ao longo do filme a garota Finn, que está noiva,
vai observando as mulheres confeccionando o seu presente de casamento, uma
colcha de retalhos. Nessa colcha, diferente das demais, aquelas mulheres vão
expondo as suas experiências de vida através de desenhos que ficam impressos em
cada quadrado da colcha. Finn acaba ficando confusa com os seus sentimentos e
acaba se envolvendo com outro rapaz, o que a deixa mais confusa ainda.
Apesar da situação que a jovem
se encontra ela consegue fazer uma reflexão sobre o que ela realmente deseja
para sua vida, e isso só foi possível a partir das várias histórias de vida
daquelas mulheres que ela passou a se interessar e a ouvi-las com amor e
atenção. Segundo Souza (2005, p. 32) “É na dinâmica
da vida e nas histórias tecidas no nosso cotidiano que aprendemos dimensões
existenciais e experienciais sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o meio
em que vivemos”. Portanto, a nossa vida é uma verdadeira colcha de retalhos,
onde vamos a cada dia tecendo uma parte dela e ao final, a nossa colcha de
retalhos (a vida) vai sendo composta não só pela nossa história, más é um
emaranhado de histórias que se entrelaçam formando um todo, a nossa história.
Por isso, não temos apenas uma história de vida porque na verdade a “nossa
história” de vida é composta por várias outras histórias.
REFERÊNCIAS:
MOORHOUSE, Jocelyn. Colcha de Retalhos. EUA, 1995.
SOUZA, Elizeu
Clementino. O eu, o outro e as
diferenças individuais e culturais. In Espaços de encontro: Corporeidade e
Conhecimento. Ministério da
Educação. Boletim 7, maio 2005.
Olá!!
ResponderExcluirFaltam as postagens do Texto de Josso e dos mini-seminários.
É só até hoje.